sábado, 9 de junho de 2012

GERSON PERES - HORA PARA ELEIÇÃO LIMPA - 10.06.2012

Gerson Peres
ARTIGO DOMINICAL  PUBLICADO NO JORNAL O LIBERAL DE 10.06.2012
Salve Amigos (as),
Hora para eleição limpa.
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Cada pleito eleitoral é uma esperança que se renova na vontade das conquistas nem sempre alcançadas. É o fulcro da democracia. É o marco fundamental regulatório da alternância no poder pela vontade soberana do povo. É da escolha com julgamento popular. Teórica, conceitual e legalmente sim. Na prática é geradora de uma competição partidária onde a verdade e a inverdade se digladiam em busca da vitória cujos compromissos feitos, nos programas e nos palanques eletrônicos ou não, em parte, se perdem na força transformadora do poder cobiçado. Este, quando não enleva transforma, conspurca e corrompe muitos vitoriosos que passam a possuí-lo. Daí, o velho ditado: “se queres conhecer o vilão, dá-lhe o bastão”. A eleição é o instrumento vital da democracia, de maior valia renovadora e de feliz oportunidade reparadora. Proporciona substituir os que abusam do poder conquistado pelo voto e que transformaram suas promessas em mentiras, a ação em omissão, a responsabilidade em enganação e a seriedade em corrupção. Bem-vinda, portanto, a eleição de outubro. Renova ao povo a oportunidade de reparar, pelo poder maior que tem os danos causados e de julgar os que eleitos, por sua vontade soberana, fizeram com o poder: os males em vez dos benefícios, a corrupção em vez da correção, a perseguição em vez do progresso e do bem estar social e econômico. Tudo o que aqui se escreve é uma despretensiosa opinião em nome da verdade de que a eleição que se realiza em nosso país, mostra o fruto de um processo evolutivo de impurezas inaceitáveis, entre elas a compra, direta ou indiretamente do voto, com dinheiro público e privado. Interagem, ainda, no ano eleitoral, a trama indisfarçável do caixa – 2, os variados percentuais das liberações das verbas, de dentro e de fora dos numerosos contratos e convênios, as propinas impostas por coerções, insinuações, os retardamentos processuais de débitos dentro dos serviços públicos, enfim, o avanço escandaloso das espúrias e inconcebíveis quadrilhas infiltradas como ratos de esgotos. A eleição não pode ser enfraquecida ou desvirtuada por esses anticorpos de sua limpidez e legitimidade. Com ela terminam-se os mandatos executivos e legislativos municipais. Começam-se as convenções dos partidos. Um novo componente participará do pleito com a lei complementar 135 (a ficha limpa). Prestará bons serviços à ética na eleição, se contar com as valiosas ações da Justiça, do Ministério Público, da Polícia Federal e do próprio povo. A voz de todos que se levante em nome da eleição limpa. É a hora do Brasil mostrar ao mundo que a política, entre nós, não é formadora da representatividade pela corrupção praticada com o dinheiro público e privado. Nossa florescente democracia, com eleição limpa, não perecerá e será, perante o mundo, respeitada.

Gerson Peres
Professor, advogado e político
gersonperes@hotmail.com.br

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