OS BAILES E AS MOÇAS
Quem viveu os anos 50 ate o início dos anos 80, os bailes, hoje festas e baladas, a bem da verdade a sociedade cametaense e as demais, punia os pobres, os de cor negra e as mulheres que por ventura perdiam suas virgindades.
Acredite mais era assim:
Festa de primeira: só participavam a nata da sociedade, a conhecida classe do tôpo da pirâmide os afortunados, casados e os manda chuvas da época.
Festa de segunda: participavam os menos afortunados, os assalariados conhecidos que eram conhecidos na época com ‘os barnabés’ e ocupavam o meio da pirâmide
Festa de terceira: Pretos e pobres e prostitutas
A tal sociedade eram tão cruel que bastava uma jovem perder a virgindade para ser banida da sociedade, naquela época as famílias recebiam convites impressos para as festas de primeira e as festas de segunda o festeiro ia de porta em porta convidando as famílias e tinham que apresentar o convite, pois uma comissão de diretores faziam a recepção e o crivo social para adentrarem a sede do baile. Quando o namorado engravidava a namorada, a jovem era afastada da convivência social, só após o casamento ela voltava a ser reconhecida pela sociedade; em varias ocasiões quando uma jovem era denunciada, pois as que ficavam no sereno da festa, ou seja, naquela época as sedes e casas de festas tinham grandes janelas, e quem estava dentro podia ver quem estava fora e vice versa, muitas famílias ficavam em frente às sedes esperando terminar as festas para levarem para casa suas filhas e filhos.
Era ai que aconteciam a maiores humilhações, se uma jovem que estivesse em um desses baile que já tivesse sido desvirginada a turma do sereno começava logo a gritar: Tirem a fulana ela é buraco’, querendo dizer que a jovem não era mais virgem, ai um dos diretores vinha ate o sereno perguntava, quem é? Ai eles indicavam a dita cuja, que era colocada para fora da festa sem pena e sem piedade, ela saia escorraçada e de cabeça baixa e muitas vezes chorando; logicamente com o apoio dos familiares que por ventura muitas vezes iam ou mandavam com uma família responsável que depois do baile entregariam nas vasas para suas respectivas famílias.
Hoje ninguém e de ninguém
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